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O Conhecimento só é real, quando compartilhado

Quando pensei essa frase, estava vendo um filme muito interessante, na véspera de uma solenidade na PUC-Rio, onde eu seria o professor homenageado pela turma IX da Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Fiscal. O ano era 2013. O nome do filme, Na Natureza Selvagem.

É a história de um garoto muito inteligente de 23 anos de nome Christopher que, ao se formar na faculdade, resolve se isolar da família e dos amigos em busca de uma aventura própria. Ele decide passar um tempo no Alaska, dentro da natureza. Sozinho, sem ninguém.

Ele, contudo, não avisa a família. Os pais viviam brigando, o que lhe rendeu muita reflexão ao longo da faculdade. De uma hora para outra, ele some do convívio social, muda o nome para Alex e coloca o pé na estrada. Sem qualquer bem material, sem dinheiro, sem nada. Tudo seria conquistado no caminho.

No trajeto até o Alaska, ele conhece diversas pessoas que são influenciadas por sua maneira de ver o mundo. Todos os dias ele registrava em um diário tudo que havia passado ao longo de sua jornada, que já durava mais de um ano. Eu não vou contar como essa história termina.

Em um determinado momento, porém, isolado na selva, no frio do Alaska. Após ter passado por diversas dificuldades, deitado, doente, ele lembra da família. Ele lembra de sua mãe. Ele lembra de seu pai. Ele olha para o céu e lembra de uma frase que havia escrito em suas anotações:

“A felicidade só é real quando é compartilhada”.

A frase me tocou profundamente, pois eu estava relendo naquela semana O Banquete de Platão. Na obra, Sócrates, o personagem (ou não), dizia a um discípulo que “a visão do pensamento começa a enxergar com agudeza, quando a dos olhos tende a perder sua força”.

Na busca por conhecimento, muitas vezes somos atrapalhados pela ausência de reflexão. Atrapalhados pela aparência. Julgamos sem conhecer. Damos, apenas, uma opinião. O que os gregos chamavam de doxa. As opiniões, as doxas,  devem ser apenas um ponto de partida.

Para chegar ao conhecimento é preciso reflexão. E a reflexão precisa ser compartilhada, para que o conhecimento se torne real. Pretendo, aqui nesse espaço, estabelecer um ponto além da doxa. Mas o conhecimento, este ente quase sempre descohecido, devemos alcançá-lo, refletindo, compartilhando a informação com todos. É o que eu acredito.

Assinatura 3

Sou Pós-Doutor, Doutor e Mestre em Finanças Públicas, Tributação e Desenvolvimento pela UERJ. Fui aprovado em primeiro lugar no concurso de ingresso para o Doutorado. Na mesma UERJ integrei a primeira turma de mestres da, então, recém criada linha de Finanças Públicas. Fiz Pós-Graduação em Filosofia Antiga pela PUC-Rio e, também, em Direito Fiscal pela mesma faculdade. Sou formado em Direito, pela Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas. Fui Professor Substituto na UERJ, onde lecionei por dois anos a disciplina “Processo Tributário: Administrativo e Judicial”. Atualmente sou professor de Direito Tributário e Processo Tributário com passagem por cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, tais como PUC, FGV, UESA, Trevisan, UFF, dentre outros.  Exerço, também, o cargo de Procurador da Fazenda Nacional.

Fui membro da Comissão de Advocacia Pública da OAB/RJ. Fundei, ao lado de outros professores tributaristas, a Sociedade Brasileira de Direito Tributário (SBDT). Instituição na qual componho a diretoria. Criei, junto com o professor Ricardo Lodi Ribeiro, a Revista de Finanças Públicas, Tributação e Desenvolvimento da UERJ, na qual sou editor, ao seu lado. Sou membro e professor do Instituto Brasileiro de Estudos em Cooperativismo (Ibecoop).

No passado, fui Analista Judiciário na Justiça Federal do Rio do Janeiro, auxiliando na elaboração de decisões e sentenças na 6ª Vara de Execução Fiscal. Estagiei, após passar em concurso público, na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, no Ministério Público Federal e na Procuradoria do Município do Rio de Janeiro.

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